Os ovos das borboletas dos bichos da seda eclodiram há algum tempo e, neste momento, já temos os casulos.
Os meninos mais novos estão a aprender como é o ciclo de uma vida. Nós,
os mais velhos, estamos a ajudá-los a perceber o que acontece.
Fizemos as observações e os registos deste ciclo que em breve estará completo (ou que nunca está completo porque a vida se renova sempre) e queremos partilhar uma das coisas que fizemos -
a casa dos casulos.
Há alguns dias, vimos que alguns bichos da seda já eram mesmo adultos, estavam amarelados, tinham perdido "uma tampinha", deitado um líquido e começado a deitar um fio de seda para tecer os casulos onde se vão esconder para se transformar em borboletas.
Então percebemos que tínhamos um problema: eles estavam a fazer os casulos nos cantos da caixa e, se continuassem deixávamos de poder abrir a tampa para alimentar e limpar os outros bichos mais pequenos. Outros bichos estavam a sair da caixa e a começar a fazer o casulo "em qualquer sítio", quer dizer, no meio das folhas de desenho, no material de ciências (até o microscópio tinha um casulo começado!)
Então reunimo-nos para encontrar uma solução.
Discutimos muitas ideias e acabámos por concordar em fazer a
"casa dos casulos".
Arranjámos outra caixa na área das construções e usamos réguas e esquadros para medir e fazer os traços direitos para depois cortarmos os bocados que a caixa tinha a mais. Para podermos continuar a observar as transformações precisávamos de material transparente para fazer a tampa e vermos o que se passava nesta nova casa. Pensámos usar plástico autocolante mas a Quina disse que os bichos da seda iam lá ficar colados e tivemos de pensar bem para resolver este novo problema. Finalmente descobrimos uma folha de mica que prendemos com fita-cola para tapar a caixa. Para eles respirarem, furamos o plástico com os picos de prender os trabalhos nos placares.
Faltava arranjar uma forma de os bichos passarem de um sítio para o outro. O Tomás queria fazer uma ponte entre as 2 caixas, mas depois eles podiam ir para outro sítio e não para a casa dos casulos. Fizemos então uma porta que abrimos cada vez que há mais bichinhos prontos para fazerem casulo.
Foi um trabalho um bocadinho difícil porque tivemos de pensar muito e de conversar todos para resolver os problemas que iam aparecendo, mas foi giro.
Descobrimos que já sabemos medir e usar a régua com mais facilidade.