domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cores e transparências

Sobraram muitos rebuçados  da nossa festa de Carnaval e a Quina guardou-os numa caixa. Agora, de vez em quando, após o almoço distribui alguns por nós.
Esta semana houve um dia em que todos comemos uns rebuçados embrulhados em papel vermelho transparente. Uma das meninas estava a brincar com o papel quando descobriu que através dele via as coisas  vermelhas. Todos os outros meninos fizemos a experiência com os nossos papéis. Era mesmo!



Então a Quina  foi buscar uma caixa com materiais e tirou de lá um pedaço de cartolina cor de laranja e perguntou aos meninos de que cor veriam se fizessem a experiência com a cartolina. Alguns responderam de pronto: " Cor de laranja! 
Então ela passou-nos a cartolina e todos experimentámos. Não se via nada!

Ed_ Porque será?
Filipa - Porque a cartolina está pintada muito forte e o papel de rebuçado está pintado levezinho.
Débora - Porque o papel é de plástico e o cor de laranja é cartolina.
Ed - Estou confusa, o papel é de plástico? Então o papel e o plástico não são materiais diferentes?
Débora - São, mas ...
Filipa - ...é porque um é maciinho e o outro não.
Então a Quina deu-nos um pouco de feltro verde fofinho e perguntou:
Ed- Este também é macio... o que vêem?
Vários meninos - Nada!
Ed - Então? Será que não é por ser macio que deixa ver o que está do outro lado?
Como ninguém dizia nada, deu-nos papel celofane para experimentarmos.
Verónica - Agora consigo ver... este papel também é transparente!
Ed - Boa! O papel é transparente, por isso deixa-nos ver o que está do outro lado. A cartolina é opaca, porque não nos deixa ver....
(...)
Depois experimentámos com diversas cores de papel celofane, até que começamos a ver através de 2 cores.
Adriana - É como fizemos com o arco íris ...
Débora - Não, é como fizemos as cores.... azul e encarnado dá roxo, amarelo e...
Inês J- ... vermelho dá laranja...
(...)

Reflexão da educadora:
Assim se faz a interdisciplinaridade em JI, assim se compreendem as relações da teoria com a realidade, a importância de aprender e de interrelacionar e aplicar o que aprendemos. 
E nem sempre é necessário que o educador planifique exaustivamente as atividades. Muito importante é que esteja atento às crianças, às suas observações  e  interesses porque partindo daí se fazem aquisições tão importantes como significativas.


Desenho mágico


Aprendemos a fazer desenho mágico.
Basta ter lápis de cera e uma tinta bem líquida.

Primeiro desenha-se com os lápis de cera, carregando bem cada traço e no final passa-se a tinta levemente sobre o desenho. Onde tem cera, a tinta não agarra e aparece o desenho que fizemos. Foi engraçado!











                                                                                                                                                                                                     
No final, cada menino fez um desenho numa folha coletiva.


Tangran

Dedicamos grande parte desta semana a descobrir o que se pode fazer com o Tangran.


tangran
Consultamos a internet e descobrimos que o Tangram é um quebra-cabeças chinês formado por 7 peças (5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo). Com elas podemos formar muitas figuras, sem sobrepor as peças . 
Usando o tangran desenvolvemos a nossa criatividade, a capacidade de raciocínio e aprendemos melhor as figuras geométricas


Vimos uma história e, em seguida, fomos construir um tangran (4, 5A). Os meninos mais novos já tinham as figuras cortadas.
Menina

 No fim, cada menino brincou com o seu tangran construindo  figuras que imaginou.

árvore de Natal



pássaro









a festa









No dia seguinte, a educadora  leu-nos uma poesia de um livro que tinha as ilustrações feitas com figuras de tans (cada uma das peças do trangran)  e depois na mesa, com moldes de gatos (o animal principal da poesia) fomos reproduzir as figuras que cada menino escolheu:










Os meninos mais velhos foram trabalhar no computador com um jogo parecido com os cartões que usamos na sala:










O trabalho final foi uma colagem com um tangran de tecido ou de papel colado sobre cartão:









Querem ver os bonitos trabalhos que fizemos?


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ainda o Carnaval...

Festejámos o carnaval, vindo cada menino mascarado livremente.





Juntaram-se a nós os amigos do JI de Verdelho e os da EB de Advagar e desfilámos até ao "Chicote", restaurante/café que nos recebe sempre com muito carinho preparando um lanche para os meninos (e crescidinhos). Desta vez, como esteve bom tempo, a festa foi na rua. Colocaram-se mesas no largo ao lado do "Chicote" (com bolos, sumos e outras guloseimas) e música ambiente.






 A proteger-nos do sol havia grandes chapéus a fazer sombra.











Tivemos a alegria de ter à nossa espera pais e familiares que  gostam de ver tantas crianças mascaradas e felizes.






O pessoal adulto, que diariamente trabalha com os grupos de meninos, também apareceu mascarado e bem disposto.




O nosso dia terminou com um almoço picnic entre todos os meninos dos JIs.




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Como vivemos o Carnaval?

Só ontem começámos a falar sobre o Carnaval, pois temos andado ocupados e não tem havido tempo. Numa folha a educadora registou as atividades que queremos fazer até sexta-feira para não nos esquecermos de nada. Depois escolhemos em que dias queremos fazer cada uma delas. Já começamos a conseguir planear os nossos dias, respeitando as opiniões dos outros.

Ontem cada menino foi pintado como quis (depois de os pais darem autorização). Na sala havia borboletas, homens aranha, flores, princesas, um coração vermelhinho...

Na área do faz de conta há cabeleiras, bigodes, mascarilhas, véus... para estimular a imaginação de quem se quiser mascarar...






A Quina tinha pedido às famílias que enviassem um par de collants para um trabalho especial, que era surpresa também para nós. Hoje descobrimos para que queria tantos pares de collants...

Primeiro brincámos com elas e tentamos perceber como podíamos utilizá-las.... não andámos longe da realidade e divertimo-nos a valer....







Depois... começámos a fazer cabeleiras  ... e nem os mais pequenos deixaram de fazer a sua parte! A Margarida tem mesmo um geito especial para enfiar agulhas.















E assim, brincando vamos treinando as nossas destrezas e coordenação, desenvolvendo a imaginação e aprendendo a fazer coisas, porque não é necessário comprar tudo o que precisamos... nós somos capazes de fazer imensas coisas!
Amanhã vamos terminar as cabeleiras e depois vamos fazer uma surpresa aos pais!
 Também aprendemos canções novas de Carnaval, fizémos jogos de descoberta de diferenças entre palhaços e, na sexta-feira, vamos fazer o desfile até ao "Chicote", acompanhados pelos amigos do JI de Verdelho e dos amigos da EB de Advagar.  Mascarados como?

É segredo. Só nós e as nossas famílias é que sabemos!... Na sexta-feira verão!!














terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A hora do conto e a matemática

A professora Adélia veio de novo visitar-nos para contar uma história, mas desta vez trouxe uma surpresa que nos agradou muito: trouxe uma maleta com livros, que vamos poder explorar até quase ao fim do ano letivo!
 A história que nos contou também foi muito gira e, além disso foi interessante. O livro chama-se "A Guerra dos Números" e veio mesmo a propósito porque estivemos a reorganizar a  sala e temos uma área nova que se chama  "área da matemática".  Lá temos material para escrever (coisas de matemática), para carimbar, para jogar, para somar, para subtrair.... ainda estamos agora a iniciar a exploração e se calhar há muito mais coisas que se podem fazer e que ainda não descobrimos.
Mas, falando do livro, é muito interessante porque trata de um assunto que interessa a todos - aos adultos também, porque apesar de já serem crescidos e saberem muitas coisas às vezes parece que se esquecem de algumas bem importantes, como esta! O livro lembra-nos que todos somos importantes e que juntos somos mais fortes e melhores, valemos mais!


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Afinal o que é o tempo?

Na segunda-feira, a Quina perguntou-nos:
- Quem quer dizer o que é o tempo? 

Alguns meninos começaram logo a partilhar as suas ideias:
- O tempo é o que faz o vento levar as coisas a voar!
- O  tempo é o sol, a chuva...
- O tempo é o que nós marcamos no mapa....

- E só existe esse tempo?... essa forma de tempo?

- Ah, já sei.... também se chama tempo o que se mede com as ampulhetas! - exclamou a Débora.
- É o tempo que passa e não o tempo que faz - acrescentou a Marta, que é perita em descobrir a forma mais prática de dizer as coisas.
- É o tempo das horas.- disse ainda a Verónica.

Depois  destas intervenções tão acertadas, foi fácil continuar a falar sobre "este" tempo.

Por acaso, o Manuel tinha trazido um livro muito interessante para nos ajudar. É uma história que nos conta as aventuras de um ponteiro dos minutos que está cansado de fazer sempre o mesmo....



Na sala também há um livro cheio de janelinhas para explorarmos....


Aprendemos muitas coisas. Ouvimos os segundos a passar no relógio da Cristina:

- Faz tic...tic...tic...

- Parece  o ritmo do nosso coração. Se colocarem a mão sobre o coração e ficarem com muita atenção vão sentir ...
- Mas o nosso coração faz tum...tum...tum...- observou a Verónica.

Observamos diversos relógios para percebermos como funcionam e ganhámos um relógio novo para a área da ciência.




Também temos na área da ciência ampulhetas que servem para medir o tempo.

Alguns meninos aprenderam ver as horas nos relógios analógicos.









Cada menino construiu um relógio que mexe os ponteiros e tudo. As meninas de 5 anos escreveram os números nos seus relógios.